Testes de Facebook são atraentes e viralizam frequentemente. Não é à toa: os
mais divertidos realmente conseguem mexer com a curiosidade da pessoa. Só que
nem sempre é uma boa ideia fazê-los. O motivo?
Muitos deles são profundamente invasivos e permitem acesso profundo aos dados
do usuário.
O exemplo mais recente é um teste que faz uma nuvem de
palavras baseado nos termos mais usados pelo usuário ao longo do ano.
Interessante, não? O teste ganhou popularidade no Brasil e no mundo e
chegou, sim, a ser divulgado no Olhar Digital.
No entanto, a empresa Comparitech decidiu observar os dados aos quais os responsáveis
pelo teste estavam tendo acesso, e isso inclui: nome, data de nascimento,
cidade, detalhes da sua educação, tudo que a pessoa já curtiu e publicou, fotos
publicadas e fotos em que o usuário está marcado, qual navegador ele usa, seu
idioma, seu endereço de IP e sua lista de amigos.
O Facebook instaurou há algum
tempo um recurso que permite filtrar quais dados o usuário fornece aos
aplicativos como este. Alguns serviços aceitam a quantidade reduzida de
informação, mas não é o caso deste teste das palavras mais usadas. Se o usuário
decide não dar acesso a tudo, o teste não funciona.
A empresa por trás do teste se chama Vonvon.me, que tem algumas
políticas de privacidade bastante nebulosas. Elas preveem que, mesmo que o
usuário encerre sua conta, a empresa tem o direito de continuar guardando e
usando as suas informações, armazenando-as em qualquer servidor espalhado pelo
mundo. O texto no documento dá a entender que a empresa também pode
vender esses dados, mas a Vonvon.me nega.
Agora fica por sua conta: vale a pena ceder tantas
informações em nome de uma brincadeira no Facebook?
Fonte: Olhar Digital